terça-feira, 26 de julho de 2011

terça-feira, 26 de julho de 2011

De medos e descrenças

Imagem: Viktor Vasnetsov [A Donzela na neve]

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Num dia, fé pura

noutro, descrença que sofria.

Quase suplicava pela fé dos muito crentes,

que ignoravam crueldades e ultrapassavam todas as dores.

Almejando alcançar o reino prometido,

enxergavam justiça no caos do dia-a-dia,

que ela simplesmente não via.

Olhava a lua que espelhava a verdade dos medos e inseguranças,

tudo bem camuflado por baixo dos tapetes de gelo

que lhe forravam a alma desengonçada-de-não-saber-viver.

Escondia os receios na ponta de cada esperança

que acendia no alvorecer e morria quando a lua cheia

lhe atravessava com verdades que teimava não enxergar.

Hoje é julho e um tempo de genuína dissintonia.

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