domingo, 5 de julho de 2009

domingo, 5 de julho de 2009

Soltos versos, pobres versos

Imagem: internet


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Rodopiava leve.

Buscava o vento para entregar seu segredo.

Dormia mulher e acordava menina.

Acreditava na musicalidade da voz,

que sussurrava docemente ao seu ouvido:

- Preciso abandoná-la, mas te encontrarei na vastidão dos teus sonhos.

Lapidava seu sentimento como uma jóia,

percorria caminhos sem fim, com pés descalços,

na busca da sensatez e tranquilidade, só permitida aos muito loucos.

Assim soprava versos.

Soltos versos, loucos versos, pobres versos!

Que serviam de cajado para continuar rodando,

ou de apoio para sentar no caminho

e esperar quietar o coração.


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