quarta-feira, 1 de abril de 2009

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Delírios

Singing Fish - Miró



[Definitivamente devo andar delirando. Sem muito que escrever no blog, escrevo delírios. Perdoe-me quem ler as bobagens]


No principio um azul, de verdade não era uma cor.
Deslizando o pincel se tornou um cinza. Não confundir com dor!
Piruetas e estilhaços - se formou um marrom e bebida não inventou.
De repente, bum! Uma infinidade de tonalidades de encarnado, só que não sangrou.
O amarelo se insinuou com um pinto quebrando o ovo e não emitiu sequer um som.
Quem lambuzou o verde? Mas nem germinou!!
Para onde vai me levar o delírio, ainda não descobri. É uma infinidade de possibilidades no que sinto. Agora simplesmente não quero cor. Quero o calor para me representar! E um pouco de som. E minha viagem se completando fora de órbita. Sequência? Que sequência? Não há sequência. Eu quero correr e se gritar não há porque se espantar.
A cor se mantém, quero cantar. E porque não... pintar?
Os estilhaços do marrom arrebentaram o vermelho, jorrou sangue, que tingiu o cinza e se espalhou como gema. Socorreu o azul evitando a hemorragia definitiva. Soprou um vento e sacudiu o verde.
O coração - cansado - se quietou e gelou.