quinta-feira, 16 de setembro de 2010

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Era noite, talvez dia...



Era noite, mas talvez dia.
Pois as noites e os dias não mais se diferenciavam.
Não dormia.
Ou pelo menos imaginava que não dormia.
Sendo assim, não descansava.
E tinha uma penumbra, que não cessava.
Penumbra nos olhos.
Ou talvez no espírito, meio atordoado que andava.
Era vagar por terrenos não sólidos, mas queria o solo,
Que fizesse sentir além daquela fluidez translúcida.
Pensar, pensar, pensar.
A ordem da vez era pensar.
Mas todos os pensamentos eram emaranhados de seda,
ao puxar um deles... arrebentava.
Puxava o próximo,
e o próximo.
Sem nem mesmo concretizar a vil existência.
Era noite ou era dia?
Nem sabia.
Somente pedia para acordar do sonho,
ou do pesadelo da pesada existência.
Queria viver livre e
leve.

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* A imagm eu peguei no Google Imagens. A poesia foi um parênteses na minha ausência, para inaugurar mais um template idealizado e realizado pela Layla Lauar, a grande responsável pela existência do Sopros. Sinto saudades dos amigos, mas os compromissos me aprisionam.
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