quinta-feira, 16 de setembro de 2010

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Era noite, talvez dia...



Era noite, mas talvez dia.
Pois as noites e os dias não mais se diferenciavam.
Não dormia.
Ou pelo menos imaginava que não dormia.
Sendo assim, não descansava.
E tinha uma penumbra, que não cessava.
Penumbra nos olhos.
Ou talvez no espírito, meio atordoado que andava.
Era vagar por terrenos não sólidos, mas queria o solo,
Que fizesse sentir além daquela fluidez translúcida.
Pensar, pensar, pensar.
A ordem da vez era pensar.
Mas todos os pensamentos eram emaranhados de seda,
ao puxar um deles... arrebentava.
Puxava o próximo,
e o próximo.
Sem nem mesmo concretizar a vil existência.
Era noite ou era dia?
Nem sabia.
Somente pedia para acordar do sonho,
ou do pesadelo da pesada existência.
Queria viver livre e
leve.

====

* A imagm eu peguei no Google Imagens. A poesia foi um parênteses na minha ausência, para inaugurar mais um template idealizado e realizado pela Layla Lauar, a grande responsável pela existência do Sopros. Sinto saudades dos amigos, mas os compromissos me aprisionam.

Comentários (5)

Carregando... Logando...
  • Logado como
Lis,

Bom voltar aqui.Experimentei a sensação que precisava: 'viver livre e leve'.
Beijos de saudade.
Estou felicíssima pelo seu retorno as palavras, gostei das mudanças. Beijos com sorrisos.
que importa se é luz ou dia quando a luz (ou a escuridão) predominam?
o dia ou a noite interior se sobrepujam aos seus correspondentes naturais. Beijos
lindo poema!!! sei bem o que é ficar horas e horas, de olhos abertos, só espiando o dia devorando lentamente a
noite e vice e versa...

belo regresso!.

beijos
Lis,
Fico feliz com o seu retorno em grande estilo : novo template, um lindo sopro de lis em forma de poesia .
Adorei!
Bjo no <3 e um ótimo fim de semana .

Postar um novo comentário

Comments by