domingo, 6 de setembro de 2009

domingo, 6 de setembro de 2009

De alegrias e de dores...

Imagem: internet


Há dias em que sou destemida, como Dom Quixote, enfrento todos os fantasmas da mente e corro, e luto e sou forte. Há dias que ser destemida dá a sensação que tudo vai dar certo e que tudo é belo. É nesses dias que o céu é mais azul, que a chuva é mais poética e embala meus sonhos de amor possível. É nesses dias que levanto, abro o guarda-roupa e escolho a roupa mais bonita e ilumino o rosto para sair, como quem usa as ruas como passarela de dança e dança ao caminhar, sorrindo e achando que nada pode ser ruim ou que tudo pode vir a ser melhor.


Há dias em que mesmo o sol brilhando são lágrimas que escorrem do meu rosto e embaçam o meu olhar para o mundo. Sem poder enxergar muito bem, não vejo luz, nem céu azul, nem distingo esperança. A chuva é um barulho que tortura. Nesses dias qualquer roupa serve, sair de casa é um tormento e os fantasmas que habitam nossos pesadelos assustam, como quando se é criança e temos medo do escuro. Nesses dias ficar abrigada pelas cobertas é uma fuga possível.


Há dias de solidão, há dias que pesam os dias. Mas sempre há dias para lembrar que nada dura para sempre, que tudo pode passar...



[Um pedido de perdão, aos amigos, pela ausência, ando sem tempo e sem criatividade, como podem perceber pelo texto de hoje. Não consigo mais a frequencia de outros tempos. Tempo! Que vai, que não volta...]