quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Fantasmas da saudade

Cena do filme A casa do Lago



Acordou meio entorpecida, tinha uma angústia dentro do peito.
Não podia ser sonho, se sonhara não lembrava.
Queria lembrar e ao mesmo tempo livrar-se do peso que apertava o peito.
Pensou no céu, um lindo céu azul – talvez isso acalmasse.
Fixou o teto e viu um rosto, sorrindo...
Apertou os olhos e quando abriu não estava mais lá...
Um fantasma no pensamento, na casa...
Na cozinha um barulho de xícaras e um aroma inconfundível de café.
Sentou-se na cama e pareceu que a dor diminuía.
Levantou, olhou na cozinha, abriu a janela, olhou o sol iluminando o vazio lá fora...
Não, não tinha nada, nem ninguém...
Entendeu que sua saudade lhe tinha pregado mais uma peça.