quarta-feira, 13 de agosto de 2008

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Devaneio: Gentileza gera gentileza!

Nossa! Será que tem um tema mais explorado que falar sobre o Profeta Gentileza, aquele que vivia no Rio de Janeiro e cobriu muros e muros com suas inscrições sobre? Gentileza! Nem me arrisco a falar dele. É só colocar a palavra no Google e encontramos diversas crônicas lindas sobre ele, que para mim foi genial em sua fraternidade. O que quero mesmo falar é sobre a emoção que esse substantivo feminino me passa e o que ele representa na atualidade.

Tenho comigo a convicção, que deve ter sido a mesma do Profeta, de que muito das mazelas que sofremos estão relacionadas a falta de gentileza. E como é complicado ser gentil hoje em dia, pois tudo se resume a pressa individualista que estamos cultivando. Não temos tempo para ser gentis e refletir sobre o que isso representa. É muito mais prático e rápido dar uma resposta atravessada quando nos sentimos agredidos, ofendidos, insultados, ultrajados e indignados do que pensar numa resposta que seja gentil e quebre a cadeia da violência de qualquer espécie. Ou mesmo calar para refletir. Depois em geral usamos a retórica de que não podemos levar desaforo para casa. E o ciclo se instala!

Confesso que é difícil fazer este exercício: ouvir, refletir, ser gentil ou calar. Diversas vezes me vi dando alfinetadas e depois com uma sensação de mal estar indescritível, como se fosse um mosquito zunindo no ouvido. Tento - juro que tento - refletir cada vez mais sobre como me comportar com gentileza com as pessoas do meu convívio, seja aqui ou no mundo real. É mesmo um “senhor” exercício isso, mas eu creio muito na frase desenhada no muro de que gentileza gera gentileza.

Meus devaneios incluem sempre a possibilidade de um mundo com indivíduos mais gentis, com sinceros bom dia, por favor, obrigada, com licença, respeitando o espaço alheio, cedendo o lugar no ônibus, respeitando regras básicas de convivência, se colocando no lugar do outro, cuidando sempre com carinho de quem está próximo de nós. Juro que acredito que outro mundo é possível – se quisermos. Enquanto não acontece crio meus próprios devaneios.

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Sopro de imagem

Uma cidadizinha no interior do país. Casas antigas e uma paz que senti quando lá estive, em Pirinópolis (GO). Sou amiga das palavras, mas me encantam paisagens, imagens. Nos vemos!

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