Ando buscando “inspiração” para escrever por aqui, pois continuo não tendo muita noção do que quero com esse “espaço”. Não sei fazer poesia, há muito tempo atrás até achei que queria ou que sabia, mas não evoluiu. Não sei escrever crônicas, não sei e não sei mais um montão de coisas. Tenho que rir dessa minha aridez.
De qualquer forma fui contaminada pela vontade de escrever. Sempre que leio as coisas que escrevo tenho a impressão que alguém já escreveu aquilo, mas creio que é assim mesmo, somos a somatória de tudo que vivemos, lemos, experimentamos. Nossas opiniões, nossos pensamentos são “tramados” na vivência ou convivência. E penso e penso e minhas dúvidas persistem.
Nesse caso, mudo de assunto, quase permanecendo nele mesmo – é possível? Ensaio de loucura! Gosto muito de ler, mas há momentos que passo tempos sem ler nada. Ultimamente não deixo de ler um livro novo mais que uma semana, vicia sabe? No momento estou lendo um livro da Martha Medeiros, escritora gaúcha que gosto bastante, leitura fácil, fala do cotidiano de forma simples e ao mesmo tempo elegante. A coletânea de crônicas que leio agora é “Doidas e Santas” (L&PM) e para quem gosta da escritora é uma boa dica, mas quem a lê com freqüência nos jornais, talvez encontre alguma já lida. Vou deixar só um pedacinho daquela que dá nome ao livro.
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Sopro de Martha Medeiros
“Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar nosso poder de sedução para encontrar “the big one”, aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais...Uma tarefa que dá para ocupar uma vida, não é mesmo?
Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca e fascinante.”
...
(Trecho da crônica Doidas e Santas – Martha Medeiros)
“Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar nosso poder de sedução para encontrar “the big one”, aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais...Uma tarefa que dá para ocupar uma vida, não é mesmo?
Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca e fascinante.”
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(Trecho da crônica Doidas e Santas – Martha Medeiros)