quinta-feira, 7 de agosto de 2008

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Gentileza e esperança

Havia momentos que não sabia o que fazer para dissipar a neurose. De onde vinha o cansaço que quase lhe fazia perder a esperança? Não sabia. Só sabia que do jeito que estava não podia mais. Tantos fantasmas lhe assombravam, reflexo de notícias ruins.
Queria fugir dos problemas, mas sabia que não era a melhor opção. Queria ouvir notícias boas, ouvir um bom dia de verdade, daqueles que fazem o sol brilhar até em dias nublados, queria apreciar o bom das pessoas, mas encontrava tanta falta de gentileza.

Queria correr com os pés descalços e sentir a terra transmitindo energia. Talvez seu sono insistente fosse reflexo dos dias atuais. Queria falar de alegria, queria falar de felicidade, amor, transparência, regozijo... Enfim, tudo que pudesse trazer tranqüilidade e paz.

Ah, já nem queria mais pensar, talvez se ficasse quietinha no seu canto, até essa dor ancestral acalmar e poder tentar de novo... Só sabia uma coisa: não ia se perder, perder a vontade de viver, de querer o melhor para a humanidade. Ah, talvez o problema fosse esse: mania que tinha de sofrer as dores do mundo! Sim, ia começar de novo, ia descansar e depois retornar à vida. Conseguiria ser otimista com o nascer do sol, afinal ele brilhou hoje e reencontrou um monte de amigos.