Sempre, ou quase sempre, que um livro é adaptado para o cinema há diversas reclamações sobre o conteúdo do filme. Eu não tenho muitas "queixas", compreendo simplesmente que é impossível realizar uma abordagem literal e completa de um livro para o cinema. Tenho certa tendência a absolver os cineastas dos filmes pelos quais me interesso. Na verdade vou generalizar, se algo me tocou, me emocionou já me deixa uma marca, gosto e ponto. Ouço as críticas, respeito quem não gostou, quem não se emocionou e sigo com minha opinião. É mais fácil eu vir a gostar de algo que não gostava por influência de terceiros que deixar de gostar. Será que deu para entender? Enfim, não sei se isso é bom ou ruim, certa ou errada sigo assim, pelo menos por enquanto. Quem sou eu para dizer que nunca vou mudar! Como eu disse ainda ontem, sou quase uma nômade de casa e alma. Em relação a filmes eu nunca leio a crítica antes, mas depois posso verificar se minhas impressões vão ao encontro da “dos especialistas”.
Não li o livro Ensaio sobre a cegueira, do escritor português José Saramago, então não posso traçar paralelo algum com o filme, que fui assistir e me causou grande impacto. A mensagem implícita é fortíssima. O filme foi bastante criticado no Festival de Cannes e o diretor Fernando Meirelles teria realizado diversas modificações para a exibição comercial, após as críticas negativas.
Sobre o livro, José Saramago disse: "Este é um livro francamente terrível com o qual eu quero que o leitor sofra tanto como eu sofri ao escrevê-lo. Nele se descreve uma longa tortura. É um livro brutal e violento e é simultaneamente uma das experiências mais dolorosas da minha vida. São 300 páginas de constante aflição. Através da escrita, tentei dizer que não somos bons e que é preciso que tenhamos coragem para reconhecer isso". É muito provável que eu o leia.
O filme está em cartaz no Brasil, creio que desde sexta-feira (12/09/2008), e tem no elenco Julianne Moore, Danny Glover, Alice Braga, Mark Ruffalo, Gael García Bernal, Don McKellar, Maury Chaykin, Martha Burns. Eu gostei de ter assistido, mas eu não diria que é “palatável”, é bom pensar bem antes de se aventurar. O enredo mostra, após uma epidemia de cegueira, a degradação do ser humano e a tentativa de um grupo de pessoas em manter a dignidade, buscando não simplesmente enxergar e sim compreender um ao outro.
Não li o livro Ensaio sobre a cegueira, do escritor português José Saramago, então não posso traçar paralelo algum com o filme, que fui assistir e me causou grande impacto. A mensagem implícita é fortíssima. O filme foi bastante criticado no Festival de Cannes e o diretor Fernando Meirelles teria realizado diversas modificações para a exibição comercial, após as críticas negativas.
Sobre o livro, José Saramago disse: "Este é um livro francamente terrível com o qual eu quero que o leitor sofra tanto como eu sofri ao escrevê-lo. Nele se descreve uma longa tortura. É um livro brutal e violento e é simultaneamente uma das experiências mais dolorosas da minha vida. São 300 páginas de constante aflição. Através da escrita, tentei dizer que não somos bons e que é preciso que tenhamos coragem para reconhecer isso". É muito provável que eu o leia.
O filme está em cartaz no Brasil, creio que desde sexta-feira (12/09/2008), e tem no elenco Julianne Moore, Danny Glover, Alice Braga, Mark Ruffalo, Gael García Bernal, Don McKellar, Maury Chaykin, Martha Burns. Eu gostei de ter assistido, mas eu não diria que é “palatável”, é bom pensar bem antes de se aventurar. O enredo mostra, após uma epidemia de cegueira, a degradação do ser humano e a tentativa de um grupo de pessoas em manter a dignidade, buscando não simplesmente enxergar e sim compreender um ao outro.
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Sopro de José Saramago
"O medo cega, disse a moça dos óculos escuros. São palavras certas, já éramos cegos no momento em que cegamos, o medo nos cegou, o medo nos fará continuar cegos...”
"O medo cega, disse a moça dos óculos escuros. São palavras certas, já éramos cegos no momento em que cegamos, o medo nos cegou, o medo nos fará continuar cegos...”