terça-feira, 14 de outubro de 2008

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Poemas no ônibus

Henri Matisse (1939) - Liseuse sur foud noir

Quando “ando” de ônibus em Porto Alegre, minha distração é ler os poemas que são afixados no vidro das janelas. É uma delícia ficar conhecendo novos escritos durante uma viagem, as minhas em geral são curtinhas, mas dá para apreciar. É uma forma muito interessante de divulgar a obra dos poetas e de “semear” poesia, lirismo.

O Projeto Poemas no ônibus está em sua 16ª edição e se alguém tiver interesse em conhecer outros, pode visitar.
AQUI

Um dia desses me encantei com um singelo poema e que compartilho com os visitantes do Sopros.



***


Sopro de Márcia Maranhão De Conti



Flor
Sou catadora de palavras.
Aceito as desprezadas.
Caço outras muito raras
que se acham em dicionários.

Aprendi a reciclar

Nos lixões de cada história
há tecidos de palavras
fragmentos encardidos
escondidos em buracos.

Cato a lágrima
Ponho rima
Colho a flor.