Sopro sobre Frida Kahlo
Ultimamente tenho buscado temas para postar aqui no blog, e nem sempre é fácil quando se está sempre correndo entre muitas coisas. Apesar disso, muitas idéias me fervilham, pois acima de tudo um blog é compartilhar impressões sob diversas formas. Já falei de poesia, música e até culinária. Mais diversificado impossível. Uma vez escrevi no Tagarelas sobre os meus “múltiplos interesses”, especialmente na literatura, artes plásticas e música. Pode ser uma forma de dizer que sou “relativamente” flexível no que se refere a essas áreas.
Nas minhas muitas incursões em livrarias, me deparei um dia com um livro intitulado Corpos Frágeis, Mulheres Poderosas (Ediouro), que contém curtas biografias de várias mulheres como Virginia Wolf, Billie Holiday, Maria Calas, Simone Weil, Frida Kahlo. O título me prendeu a atenção e tive que comprá-lo. O fio condutor que reuniu essas e outras mulheres no livro foi tragédias, amores tumultuados... em suma, dores da alma e do corpo.
Uma biografia que acho impressionante é a de Frida Kahlo, cuja obra me chamou atenção primariamente pelas cores fortes que imprimiu em suas telas. Não sei delimitar no tempo quando tomei contato com sua obra, mas depois veio o filme e só muito depois fui ler mesmo a respeito dela.
Frida nasceu em 6 de julho de 1907, em Coyacán, México. Em 1913 sofreu um ataque de poliomielite que afetou permanentemente a perna direita. Em 1925, ela e o namorado Alejandro Gómez Arias, são acidentados em um ônibus, ela foi atingida principalmente na coluna, bacia e pé.
Nos períodos em que passou no hospital e sempre que podia trocava correspondências com amigos, com seu médico e com seus amores. O principal, Diego Rivera, o pintor mexicano mais famoso da época. Essas cartas, ou algumas delas, foram publicadas em outro livro: Cartas apaixonadas de Frida Kahlo (José Olympio Editora). Em uma dessas cartas Frida escreve para Alex Arias:
Por que você estuda tanto? Que segredos procura? A vida logo os revelará a você. Eu já sei tudo, sem ler nem escrever. Faz pouco, talvez alguns dias, era uma menina que andava por um mundo de cores, de formas precisas e tangíveis. Tudo era misterioso e algo se ocultava; a adivinhação da natureza disso constituía um jogo para mim. Se você soubesse como é terrível alcançar o conhecimento de repente, como se um raio elucidasse a Terra!.
A relação dela com Diego Rivera também é cheia de perturbações. Uma história triste de fato, mas como diz o nome do livro uma mulher frágil sim, mas muito poderosa. Li em algum lugar certa vez que os quadros de Frida vertem sangue por todos os lados. Há quem goste, há quem desgoste. Faleceu em 13 de julho de 1954. E em um texto curto, que chamou de autobiografia, ela resume suas dores e diz que sua pintura preencheu sua vida e que trabalhar é o melhor.
Eu ia colocar todo, mas achei que já estava pesado demais para uma sexta-feira.
***
Tenham um lindo fim de semana, iluminado pelas cores mais brilhantes!
Ultimamente tenho buscado temas para postar aqui no blog, e nem sempre é fácil quando se está sempre correndo entre muitas coisas. Apesar disso, muitas idéias me fervilham, pois acima de tudo um blog é compartilhar impressões sob diversas formas. Já falei de poesia, música e até culinária. Mais diversificado impossível. Uma vez escrevi no Tagarelas sobre os meus “múltiplos interesses”, especialmente na literatura, artes plásticas e música. Pode ser uma forma de dizer que sou “relativamente” flexível no que se refere a essas áreas.
Nas minhas muitas incursões em livrarias, me deparei um dia com um livro intitulado Corpos Frágeis, Mulheres Poderosas (Ediouro), que contém curtas biografias de várias mulheres como Virginia Wolf, Billie Holiday, Maria Calas, Simone Weil, Frida Kahlo. O título me prendeu a atenção e tive que comprá-lo. O fio condutor que reuniu essas e outras mulheres no livro foi tragédias, amores tumultuados... em suma, dores da alma e do corpo.
Uma biografia que acho impressionante é a de Frida Kahlo, cuja obra me chamou atenção primariamente pelas cores fortes que imprimiu em suas telas. Não sei delimitar no tempo quando tomei contato com sua obra, mas depois veio o filme e só muito depois fui ler mesmo a respeito dela.
Frida nasceu em 6 de julho de 1907, em Coyacán, México. Em 1913 sofreu um ataque de poliomielite que afetou permanentemente a perna direita. Em 1925, ela e o namorado Alejandro Gómez Arias, são acidentados em um ônibus, ela foi atingida principalmente na coluna, bacia e pé.
Nos períodos em que passou no hospital e sempre que podia trocava correspondências com amigos, com seu médico e com seus amores. O principal, Diego Rivera, o pintor mexicano mais famoso da época. Essas cartas, ou algumas delas, foram publicadas em outro livro: Cartas apaixonadas de Frida Kahlo (José Olympio Editora). Em uma dessas cartas Frida escreve para Alex Arias:
Por que você estuda tanto? Que segredos procura? A vida logo os revelará a você. Eu já sei tudo, sem ler nem escrever. Faz pouco, talvez alguns dias, era uma menina que andava por um mundo de cores, de formas precisas e tangíveis. Tudo era misterioso e algo se ocultava; a adivinhação da natureza disso constituía um jogo para mim. Se você soubesse como é terrível alcançar o conhecimento de repente, como se um raio elucidasse a Terra!.
A relação dela com Diego Rivera também é cheia de perturbações. Uma história triste de fato, mas como diz o nome do livro uma mulher frágil sim, mas muito poderosa. Li em algum lugar certa vez que os quadros de Frida vertem sangue por todos os lados. Há quem goste, há quem desgoste. Faleceu em 13 de julho de 1954. E em um texto curto, que chamou de autobiografia, ela resume suas dores e diz que sua pintura preencheu sua vida e que trabalhar é o melhor.
Eu ia colocar todo, mas achei que já estava pesado demais para uma sexta-feira.
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Tenham um lindo fim de semana, iluminado pelas cores mais brilhantes!